segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

A donzela de névoa

Aqueles olhos brilhantes de cristal
sintilavam guizos a cada movimento.
Aqueles cabelos de plumas
dançavam ao ritmo das espirais do vento.

Seu vestido branco,
um aroma de rosas e esperança exalava.
Por vezes parecia criança,
seus pequenos pés decaíam enquanto ela levitava.

A noite cobria seu rosto
em um véu escuro e crescente...
Por o que esperaria aquela donzela a olhar o horizonte?
O que se escondia em sua mente distante?

Mesmo numa noite chuvosa
ela voltou ao penhasco viril,
e abriu seus braços em vôo num salto sutil!
...entretanto ninguém notou suas ausência,
tampouco a viu...

Seus olhos de cristal
já não brilhavam de reflexo
já que ela não mais existia...
Não compreendo como acontecia
se de pouco em pouco... de tempos em tempos...
tudo se repetia
e eu ainda a via...

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